Mutirão do Alcides

No dia 12 de fevereiro de 2011 estivemos no Araçá, na casa do irmão Alcides e sua família. Alguns de nós estavam indo pela primeira vez, outros já haviam tido a oportunidade de estar ali em comunhão e servindo àquela família de alguma maneira mas todos estavam dispostos a fazer o que estivesse ao alcance.

A casa do irmão Alcides é uma casa bem humilde, de pequenos cômodos e todos eles bem necessitados de reparos. Porém, o mais importante é que, mesmo com as condições bem diferente das que estamos acostumados a ter e ver. Víamos a felicidade daquela família pelo que tinham e víamos como eram agradecidos a Deus mesmo pelo pouco que possuem.

O nosso objetivo era estar reunidos para que pudéssemos amá-los além das palavras; amá-los com ações, com prática de serviço como está escrito em1 João 3.18: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade.”,  e pudemos fazer isso através da misericórdia de Deus, que nos concedeu estar ali fazendo o que ainda assim é muito pouco devido às reais necessidades.

Pudemos pintar as paredes internas de alguns cômodos, arrumá-los e limpá-los. Cada um contribuiu de alguma forma e toda ajuda era sempre muito válida. Pude perceber o quanto o trabalho nos une como Igreja de Cristo, e isso ocorreu ali mais uma vez, assim como em todas as oportunidades que temos tido e temos buscado aproveitar.

O trabalho em momento algum foi penoso, muito pelo contrário, foi muito prazeroso servir ao próximo, e servir a Deus em primeiro lugar ali naquele local. Ver a alegria do irmão Alcides só por estarmos ali com ele já era muito gratificante.

Na semana anterior ele havia completado mais um ano de vida e pudemos então desfrutar de um almoço juntos e de um bolo em comemoração ao seu aniversário, o que o deixou mais feliz ainda.

Saí daquela casa feliz porque percebi que até o fato de irmos ali e fazer qualquer coisa que fosse para ajudá-los é por pura misericórdia de Deus; simplesmente porque Ele escolhe nos usar por Seu amor, que é tão grande.

Esse dia me fez lembrar de Tiago 4. 17, onde diz que “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado”. Que Deus tenha misericórdia de nós e por Seu amor nos dê mais oportunidades de servir, tanto ao irmão Alcides e sua família como a todos aqueles que necessitarem. Amemos, mas amemos além das palavras.


Naira Ferreira






Edificando a mim mesmo I

 “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,  nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” 
(Salmos 1. 1-3)

“Muitos planos há no coração do homem, porém o conselho do SENHOR permanecerá.”   (Provérbios 19. 21)

Essa passagem de Provérbios tem falado muito em meu coração. Percebi que nos últimos meses tenho errado muito. Estava deixando Deus de lado e caminhando com as minhas próprias pernas. Isso me trouxe algumas conseqüências, umas das quais ainda arrependo-me muito de ter feito.

“Não é bom agir sem refletir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho.” 
(Provérbios 19. 2)

Alguns amigos estão abrindo os meus olhos para algumas coisas (mesmo sem eles saberem). Hoje, não quero caminhar com as minhas próprias pernas e nem idealizar a minha vida e o meu futuro. Sei que é muito difícil se entregar por completo a Deus, pois as dificuldades do dia-a-dia e a pressão que o mundo exerce em nós é grande, mas sei que o poder de Deus é maior.

“Onde o pecado abundou, superabundou a graça;” (Romanos 5. 20b)

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12. 1-3)

Vejo que o meu único alvo tem que ser Cristo, para experimentar a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Quero ser um servo bom e fiel, servindo com humildade e amor ao próximo, para que outros possam sentir, ouvir, falar e viver o amor e a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

“Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito.
Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo. Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.” 
(Judas 1. 17- 21)

Não me interessa mais riquezas, bens, prêmios, reconhecimento dos homens mas sim a misericórdia e o amor dele pela minha vida.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3. 16)


Deyved Guimarães

Charles Haddon Spurgeon

Charles Haddon Spurgeon (1834-92) foi o mais conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século dezenove. Spurgeon converteu-se em Colchester em 6 de janeiro de 1850, e foi batizado no Rio Lark em Isleham em 3 de maio de 1850. Pregou seu primeiro sermão na cidade de Cottage, neste mesmo ano. Alguns de seus parentes sugerem que Charles Spurgeon entrou em uma escola religiosa independente logo após sua conversão, mas por ter uma visão diferente da ensinada por esta escola, decidiu então se juntar a uma congregação anabatista em Cambridge. Em 1854, apenas quatro anos após sua conversão, Spurgeon, então com apenas vinte anos, se tornou pastor da famosa Igreja Batista de New Park Street em Londres (anteriormente pastoreada pelo grande teólogo John Gill). A congregação rapidamente cresceu mais do que seu prédio poderia comportar, mudando-se então para o Exeter Hall, e de lá para o Surrey Music Hall. Nestes locais Spurgeon freqüentemente pregou para audiências com mais de 10.000 pessoas - e tudo isto em dias anteriores ao advento da amplificação eletrônica. Em 1861 a congregação se mudou definitivamente para o recém construído Tabernáculo Metropolitano.
Os sermões do Pr. Spurgeon são amplamente distribuídos e foram traduzidos em muitas línguas, sendo especialmente populares nos Estados Unidos. O conjunto dos trabalhos impressos do Pr. Spurgeon é volumoso. Sendo que uma de suas obras mais conhecidas é o livro intitulado "O Tesouro de Davi". Praticamente todos os trabalhos impressos do Pr. Spurgeon estão disponíveis hoje, seja através de publicações ou na Internet. Estima-se que mais de 3.560 de seus sermões sejam ainda publicados na Inglaterra ou nos Estados Unidos.
24 Fatos Notáveis sobre C.H. Spurgeon—Mais Um!
por Pastor Larry Newcomer

1. CHS leu o Progresso do Peregrino aos seis anos de idade e o releu 100 vezes
após isso.

2. A coleção impressa de seus sermões (63 volumes) tem tantas palavras quanto a
Enciclopédia Britânica, todavia, ele pregou suas 140 palavras por minuto à partir
de uma única folha de anotações, preparada na noite anterior.

3. Uma mulher foi convertida lendo uma simples página de um sermão de
Spurgeon que ela encontrou enrolada ao redor da manteiga que ela tinha
comprado.

4. Antes dos 20 anos de idade, CHS pregou 600 vezes.

5. Aos 19 anos de idade, a Igreja de New Park Street o convidou para um teste de
seis meses. Eu aceitaria somente um teste de três meses pois, “Eu não queria me
tornar um obstáculo”. Quando ele chegou, em 1854, a congregação tinha 232
membros. Trinta e oito anos depois o total era de 5.317 com outros 9.149 que
tinham sido membros (mudanças, mortes, etc.).

6. CHS disse dos políticos: “Eu tenho ouvido, ‘Não traga a religião para a
política’. É precisamente para este lugar que ela deveria ser trazida e colocada
ali na frente de todos os homens como um candelabro”.

7. CHS certa vez se dirigiu a uma audiência de 23.654 pessoas sem, é claro, um
microfone ou uma amplificação mecânica.

8. Um dia, para testar a acústica de um salão onde ele iria falar, ele falou em
alta voz — “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Um trabalhador
nas vigas ouviu e foi convertido.

9. A mulher de Spurgeon, Susannah, o chamava, “Sua Excelência”.

10. CHS falava tão fortemente contra a escravidão que os seus publicadores
Americanos editavam os seus sermões.
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11. CHS recusou ser ordenado e recusou o título, “Reverendo”. (Todavia, ele
fundou um colégio de pastores).

12. CHS entrevistou pessoalmente todos os membros candidatos na determinação
de estar seguro da genuinidade da sua conversão. 14,000/38=368 por ano. (Veja
#5 acima).

13. Ele nunca disse à sua congregação em quem votar mas ele denunciava os
candidatos por nome desde o púlpito e ele distribuía folhetos durante a
semana para os oficiais que estavam querendo saber quem ele favorecia.

14. A cada Natal CHS dava presentes individuais aos órfãos dos orfanatos que ele
tinha fundado, mesmo quando o número aumentou para aproximadamente mil.

15. CHS lia quase um livro por dia em média. Ele freqüentemente confessava
estar ciente de oito grupos (séries) de pensamentos identificáveis em sua mente
ao mesmo tempo.

16. Concernente aos orfanatos como obra social, CHS declarou: “O socialismo é
somente palavras e teoria. Nós cuidamos tanto dos corpos como das almas dos
pobres e tentamos mostrar nosso amor à Verdade de Deus pelo amor
verdadeiro”.

17. O colégio de pregadores de Spurgeon fornecia educação geral assim como
educação teológica. Não havia taxas fixas.

18. O diretor do colégio, George Rogers, era um pedobatista, mostrando a
tolerância e magnanimidade de Spurgeon mas todos na faculdade tinham que
“ensinar as Doutrinas da Graça com dogmatismo, entusiasmo e clareza”.

19. CHS, pelas melhores estimativas disponíveis, foi o instrumento direto e
pessoal de Deus de aproximadamente 12.000 conversões.

20. O colégio, diretamente através dos esforços de Spurgeon de propagação com
base em sua estimativa de doações, enviou homens resultando na plantação de
mais de 200 igrejas.

21. O primeiro livro publicado pela Moody Press foi o All Of Grace [Tudo pela
Graça] de Spurgeon. Ele ainda é o bestseller número #1 deles.

22. CHS certa vez pregou uma mensagem sonhando, a qual sua esposa, que
estava acordada, registrou em papel. Ele a pregou na manhã seguinte.

23. Havia oração contínua para a obra do Tabernáculo Metropolitano no porão do
mesmo.
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24. Num culto em 1879, a congregação regular de 4.850 membros deixou o
tabernáculo para permitir que novas pessoas, que estavam esperando do lado de
fora, tivessem uma chance de vir e ouvir. O edifício imediatamente se encheu de
novo,

25. Quando Moddy encontrou Spurgeon e descobriu que ele fumava charutos, ele
ficou um tanto surpreendido e desconcertado. Spurgeon lhe assegurou que nunca
tinha exagerado. Moody perguntou cortesmente, “E o que você consideraria um
exagero?”. Ao que Spurgeon respondeu, “Fumar dois ao mesmo tempo”. É crido
que Spurgeon parou de fumar charutos quando a loja de tabaco onde ele os
comprova começou a se auto-anunciar como, “A Loja Onde Spurgeon Compra
Seus Charutos”.

Jonathan Edwards e suas 70 Resoluções

Jonathan Edwards, nasceu em East Windsor, Connecticut, EUA, em 5 de outubro de 1703, sendo seu pai um minis-tro do evangelho que militou na Igreja Congregacional. Criado em um lar evangélico, isto o estimulou sobremaneira desde o início de sua vida a um grande fervor espiritual, tendo já desde a meninice grande preocupação com a obra de Deus e com a salvação de almas.
Ele começou a estudar o latim aos seis anos de idade e aos 13 já era fluente também em grego e hebraico. Em 1720 obteve o bacharelado no Colégio de Yale, em New Haven, iniciando em seguida os seus estudos teológicos nesta mesma instituição, obtendo o mestrado em 1722. Em seguida, assumiu uma cadeira de professor assistente em Yale, cargo que ocupou por dois anos. Mas, o chamado ao ministério falou mais alto e, após ser pastor de uma Igreja Presbiteriana em Nova York em 1722 (por um período de oito meses), em 1726, então aos 23 anos, assumiu o posto de segundo pastor na Igreja de Northampton, Massachussetts; igreja esta que era pastoreada por seu avô Solomon Stoddard (1643-1729), e a segunda maior da região, com mais de seiscentos membros, o que era prati-camente toda a população adulta daquela localidade.
Em julho de 1727 casou-se com Sarah Pierrepont, filha de James Pierrepont, pastor da Igreja de New Haven, com quem teve 11 filhos.
Em 1729 com a morte do seu avô, Jonathan se tornou o pastor titular da Igreja de Northampton, na qual cinco anos depois ocorreria um grande avivamento, entre 1734-35, chamado de O Grande Despertamento, que se iniciou entre os presbiterianos e luteranos na Pensilvânia e em Nova Jersey, e que teve seu apogeu por volta do ano de 1740, através do trabalho de George Whitefield.
Em 1750, depois de pastorear a Igreja de Northampton por 23 anos, Jonathan Edwards foi despedido pela Igreja por ser contrário à prática de se servir a Ceia do Senhor a pessoas não convertidas, pratica instituída por seu avô, e que era do gosto da Igreja. Em seu sermão de despedida disse:
Portanto, quero exortá-los sinceramente, para o seu próprio bem futuro, que tomem cuidado daqui em diante com o espí-rito contencioso. Se querem ver dias felizes, busquem a paz e empenhem-se por alcançá-la (I Pe 3:10-11). Que a recen-te contenda sobre os termos da comunhão cristã, tendo sido a maior, seja também a última. Agora que lhes prego meu sermão de despedida, eu gostaria de dizer-lhes como o apóstolo Paulo disse aos coríntios em II Coríntios 13.11: "Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco." (1)
Em 1751, ele foi para Stockbridge, na colônia de Massachussetts, onde foi pastor dos colonos e missionário entre os índios. Em 1757, foi convidado a ser o presidente do Colégio de Nova Jersey, que viria posteriormente a ser a hoje conhecida Universidade de Princeton.
Em 22 de março de 1758, um mês após ter tomado posse como presidente do Colégio, Jonathan Edwards morreu devido a complicações resultantes de uma vacina contra varíola.
70 Resoluções de Jonathan Edwards (1722-1723)

Como era comum aos jovens da sua época, Jonathan Edwards escreveu uma lista de resoluções, comprometendo-se a viver uma vida TEOCÊNTRICA em harmonia com os outros. Esta lista foi escrita provavelmente no ano de 1722 e foi crescendo ao longo dos anos, quando novas resoluções eram acrescentadas. A lista tem um total de 70 resoluções.

Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus, humildemente Lhe rogo que, através de Sua graça,
me capacite a cumprir fielmente estas resoluções,
enquanto elas estiverem dentro da Sua vontade, em nome de Jesus Cristo.

1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.


2. Resolvi permanecer na busca contínua de novas maneiras para poder promover as resoluções acima mencionadas.

3. Resolvi arrepender-me, caso eu um dia me torne menos responsável no tocante a estas resoluções, negligenciando uma ínfima parte de qualquer uma delas e confessar cada falha individualmente assim que cair em mim.


4. Resolvi, também, nunca negar alguma maneira ou coisa difícil, seja no corpo ou na alma, menos ou mais, que leve à glorificação de Deus; também não sofrê-la se tiver como evitá-la.

5. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.

6. Resolvi viver usando todas minhas forças enquanto viver.

7. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.

8. Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, como se não houvesse ninguém mais vil que eu sobre a terra, como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.

9. Resolvi pensar e meditar bastante e em todas as ocasiões sobre minha própria morte e sobre circunstâncias relacionadas com a morte.

10. Resolvi, sempre que experimentar e sentir dor, relacioná-la com as dores do martírio e também com as do inferno.

11. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a salvação, fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-lo, caso nenhuma circunstância me impeça de fazê-lo.

12. Resolvi, assim que sentir um mínimo de gratificação ou deleite de orgulho ou de vaidade, eliminá-lo de imediato.

13. Resolvi nunca cessar de buscar objectos precisos para minha caridade e liberalidade.

14. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança.

15. Resolvi nunca sofrer nenhuma das mais pequenas manifestações de ira vinda de seres irracionais.

16. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a honra da pessoa em questão, nem para mais nem para menos honra, sob nenhum pretexto ou circunstância, a não ser que possa promover algum bem e que possa trazer um real benefício.

17. Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o meu último suspiro.

18. Resolvi viver de tal forma, em todo o tempo, como vivo dentro dos meus melhores padrões de santidade privada e daqueles momentos que tenho maior clarividência sobre o conteúdo de todo o evangelho e percepção do mundo vindouro.

19. Resolvi nunca fazer algo de que tenha receio de fazer uma hora antes de soar a última trombeta.

20. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como e tudo quanto bebo.

21. Resolvi nunca fazer algo que possa ser contado como justa ocasião para desprezar ou mesmo pensar mal de alguém de quem se me aperceba algum mal.

(Resoluções 1 a 21 foram escritas em New Haven em 1722)

22. Resolvi esforçar-me para obter para mim mesmo todo bem possível do mundo vindouro, tudo quanto me seja possível alcançar de lá, com todo meu vigor em Deus – poder, vigor, veemência, violência interior mesmo, tudo quanto me seja possível aplicar e admoestar sobre mim de qualquer maneira que me seja possível pensar e aperceber-me.

23. Resolvi tomar ação deliberada e imediata sempre que me aperceber que possa ser tomada para a glória de Deus e que possa devolver a Deus Sua intenção original sobre nós, Seu desígnio inicial e Sua finalidade. Caso eu descubra, também, que em nada servirá a glória de Deus exclusivamente, repudiarei tal coisa e a terei como uma evidente quebra da quarta resolução.

24. Resolvi que, sempre que encetar e cair por um caminho de concupiscência e mau, voltar atrás e achar sua origem em mim, tudo quanto origina em mim tal coisa. Depois, encetar por uma via cuidadosa e precisa de nunca mais tornar a fazer o mesmo e de orar e lutar de joelhos e com todas as minhas forças contra as origens de tais ocorrências.

25. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma constante e precisa, qual a coisa em mim que causa a mínima dúvida sobre o verdadeiro amor de Deus para direcionar todas as minhas fortalezas contra tal origem.

26. Resolvi abater tais coisas, a medida que as veja abatendo minha segurança.

27. Resolvi nunca omitir nada de livre vontade, a menos que essa omissão traga glória a Deus; irei, então e com frequência, rever todas as minhas omissões.

28. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante e frequente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no conhecimento real das mesmas.

29. Resolvi nunca ter como uma oração ou petição, nem permitir que passe por oração, algo que seja feito de tal maneira ou sob tais circunstâncias que me possam privar de esperar que Deus me atenda. Também não aceitarei como confissão algo que Deus não possa aceitar como tal.

30. Resolvi extenuar-me e esforçar-me ao máximo deminha capacidade real para, a cada semana, ser levado a um patamar mais real de meu exercício religioso, um patamar mais elevado de graça e aceitação em Deus, do que tive na semana anterior.

31. Resolvi nunca dizer nada que seja contra alguém, exceto quando tal coisa se ache de pleno acordo com a mais elevada honorabilidade evangélica e amor de Deus para com a sua humanidade, também de pleno acordo com o grau mais elevado de humildade e sensibilidade sobre meus próprios erros e falhas e de pleno acordo àquela regra de ouro celestial; e, sempre que disser qualquer coisa contra alguém, colocar isso mesmo mediante a luz desta resolução convictamente.

32. Resolvi que deverei ser estrita e firmemente fiel à minha confiança, de forma que o provérbio 20:6 “ Mas, o homem fiel, quem o achará? ” não se torne nem mesmo parcialmente verdadeiro a meu respeito.

33. Resolvi, fazer tudo que poderei fazer para tornar a paz acessível, possível de manter, de estabelecer, sempre que tal coisa nunca possa interferir ou inferir contra outros valores maiores e de aspectos mais relevantes. 26 de Dezembro de 1722

34. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico e realmente verdadeiro em mim.

35. Resolvi que, sempre que me puser a questionar se cumpri todo meu dever, de tal forma que minha serenidade e paz de espírito sejam ligeiramente perturbadas através de tal procedimento, colocá-lo diante de Deus e depois verificar como tal problema foi resolvido. 18 de Dezembro 1722

36. Resolvi nunca dizer nada de mal sobre ninguém que seja, a menos que algum bem particular nasça disso mesmo. 19 de Dezembro de 1722

37. Resolvi inquirir todas as noites, ao deitar-me, onde e em quais circunstancias fui negligente, que atos cometi e onde me pude negar a mim mesmo. Também farei o mesmo no fim de cada ano, mês e semana. 22 e 26 de Dezembro de 1722

38. Resolvi nunca mais dizer nada, nem falar, sobre algo que seja ridículo, esportivo ou questão de zombaria no dia do Senhor. Noite de Sábado, 23 de Dezembro de 1722

39. Resolvi nunca fazer algo que possa questionar sobre sua lealdade e conformidade à lei de Deus, para que eu possa mais tarde verificar por mim se tal coisa me é lícito fazer ou não. A menos que a omissão de questionar me seja tornada lícita.

40. Resolvi inquirir cada noite de minha existência, antes de adormecer, se fiz as coisas da maneira mais aceitável que eu poderia ter feito, em relação a comer e beber. 7 de Janeiro de 1723

41. Resolvi inquirir de mim mesmo no final de cada dia, de cada semana, mês e ano, onde e em que áreas poderia haver feito melhor e mais eficazmente. 11 de Janeiro 1723

42. Resolvi que, com frequência renovarei minha dedicação de mim mesmo a Deus, o mesmo voto que fiz em meu bptismo, o qual recebi quando fui recebido na comunhão da igreja e o qual reassumo solenemente neste dia 12 de Janeiro, 1722-23.

43. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei como se me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas inteiramente e sobejamente pertencente a Deus, como se cada momento de minha vida fosse um normal dia de culto a Deus. Sábado, 12 de Janeiro de 1723.

44. Resolvi que nenhuma área desta vida terá qualquer influencia sobre qualquer de minhas ações; apenas a área da vivência para Deus. E que, também, nenhuma ação ou circunstância que seja distinta da religião seja a que me leve a concretizar. 12 de Janeiro de 1723

45. Resolvi também que nenhum prazer ou deleite, dor, alegria ou tristeza, nenhuma afeição natural, nem nenhuma das suas circunstâncias co-relacionadas, me seja permitido a não ser aquilo que promova a piedade. 12 e 13 de Janeiro e 1723

46. Resolvi nunca mais permitir qualquer medida de qualquer forma de inquietude e falta de vontade diante de minha mãe e pai. Resolvi nunca mais sofrer qualquer de seus efeitos de vergonha, muito menos alterações de minha voz, motivos e movimentos de meu olhar e de ser especialmente vigilante acerca dessas coisas quando relacionadas com alguém de minha família.

47. Resolvido a encetar tudo ao meu alcance para me negar tudo quanto não seja simplesmente disposto e de acordo com uma paz benévola, universalmente doce e meiga, repleta de quietude, hábil, contente e satisfeita em si mesma, generosa, real, verdadeira, simples e fácil, cheia de compaixão, industriosa e empreendedora, cheia de caridade real, equilibrada, que perdoa, formulada por um temperamento sincero e transparente; e também farei tudo quanto tal temperança e temperamento me levar a fazer. Examinarei e serei severo e acutilante nesse exame cada semana se por acaso assim fiz e pude fazer. Sábado de manhã, 5 Maio de 1723

48. Resolvi a, constantemente e através da mais acutilante beleza de caráter, empreender num escrutínio e exame minucioso e muito severo, para constatar e olhar qual o estado real de toda a minha alma, verificando por mim mesmo se realmente mantenho um interesse genuíno e real por Cristo ou não; e que, quando eu morrer não tenha nada de que me arrepender a respeito de negligências deste tipo. 26 de Maio de 1723

49. Resolvi a que tal coisa (de não ter afeto por Cristo) nunca aconteça, se eu a puder evitar de alguma maneira.

50. Resolvi que, sempre agirei de tal maneira, que julgarei e pensarei como o faria dentro do mundo vindouro apenas. 5 de Julho de 1723

51. Resolvi que, agirei de tal forma em todos os sentidos, como iria desejar haver feito quando me achasse numa situação de condenação eterna. 8 de Julho de 1723

52. Eu, com muita frequência, ouço pessoas duma certa idade avançada falarem como iriam viver suas vidas de novo caso lhes fosse dada uma segunda oportunidade de a tornarem a viver. Eu resolvi viver minha vida agora e já, tal qual eu fosse desejar vivê-la caso me achasse em situação de desejar vivê-la de novo, como eles, caso eu chegue a uma sua idade avançada como a sua. 8 de Julho de 1723

53. Resolvi apetrechar e aprimorar cada oportunidade, sempre que me possa achar num estado de espírito sadio e alegremente realizado, para me atirar sobre o Senhor Jesus numa reentrega também, para confiar nEle, consagrando-me a mim mesmo inteiramente a Ele também nesse estado de espírito; que a partir dali eu possa experimentar que estou seguro e assegurado, sabendo que persisto a confiar no meu Redentor mesmo assim. 8 de Julho de 1723

54. Sempre que ouvir falar algo sobre alguém que seja digno de louvor e dignificante e o possa ser em mim também, resolvi tudo encetar para conseguir o mesmo em mim e por mim. 8 de Julho de 1723

55. Resolvi tudo fazer como o faria caso já tivesse experimentado toda a felicidade celestial e todos os tormentos do inferno. 8 de Julho de 1723

56. Resolvi nunca desistir de vencer por completo qualquer de minhas veleidades corruptas que ainda possam existir, nem nunca tornar-me permissivo em relação ao mínimo de suas aparências e sinais, nem tão pouco me desmotivar em nada caso me ache numa senda de falta de sucesso nessa mesma luta.

57. Resolvi que, quando eu temer adversidades ou maus momentos, irei examinar-me e ver se tal não se deve a: não ter cumprido todo meu dever e cumprir a partir de então; e permitir que tudo o mais em minha vida seja providencial para que eu possa apenas estar e permanecer inteiramente absorvido e envolvido com meu dever e meu pecado diante de Deus e dos homens. 9 de Junho e 13 de Julho de 1723

58. Resolvi a não apenas extinguir nem que seja algum leve ar de antipatia, simpatia fingida que encobre meu estado de espírito, impaciência em conversação, mas também e antes poder exprimir um verdadeiro estado de amor, alegria e bondade em todos os meus aspectos de vida e conversação. 27 de Maio e 13 de Julho de 1723

59. Resolvi que, sempre que me achar consciente de provocações de má natureza e de mau espírito, que me esforçarei para antes evidenciar o oposto disso mesmo, em boa natureza e maneira; sim, que em tempos tal qual esses, manifestar a boa natureza de Deus, achando, no entanto, que em algumas circunstâncias tal comportamento me traga desvantagens e que, também, em algumas outras circunstâncias, seja mesmo imprudente agir assim. 12 de Maio, 2 e 13 de Julho

60. Resolvi que, sempre que meus próprios sentimentos comecem a comparecer minimamente desordenados, sempre que me tornar consciente da mais ligeira inquietude interior, ou a mínima irregularidade exterior, me submeterei de pronto à mais estrita e minuciosa examinação e avaliação pessoal. 4 e 13 de Julho de 1723

61. Resolvi que a falta de predisposição nunca me torne relaxado nas coisas de Deus e que nunca consiga retirar minha atenção total de estar plenamente fixada e afixada só em Deus, exista a desculpa que existir para me tentar; tudo que a fala de predisposição me instiga a fazer, abre-me o caminho do oposto para fazer. 21 de Maio e 13 de Julho de 1723

62. Resolvi a nunca fazer nada a não ser como dever; e, depois, de acordo com Efésios 6:6-8, fazer tudo voluntariosamente e alegremente como que para o Senhor e nunca para homem; “ Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”. 25 de Junho e 13 de Julho 1723

63. Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu tempo. 14 de Janeiro e 3 de Julho de 1723

64. Resolvi que quando experimentar em mim aqueles “gemidos inexprimíveis”, Romanos 8:26, os quais o Apóstolo menciona e dos quais o Salmista descreve como, “ A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças a todo o tempo ”, Salmos 119:20, que os promoverei também com todo vigor existente em mim e que não me “cansarei” (Isaías 40:31) no esforço de dar expressão a meus desejos tornados profundos nem me cansarei de repetir esses mesmos pedidos e gemidos em mim, nem de o fazer numa seriedade contínua. 23 De Julho e 10 de Agosto de 1723

65. Resolvi que, me tornarei exercitado em mim mesmo durante toda a minha vida, com toda a franqueza que é possível, a sempre declarar meus caminhos a Deus e abrir toda a minha alma a Ele: todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, medos, esperanças, desejos e toda outra coisa sob qualquer circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu sermão nr.27, baseado no Salmo 119. 26 De Julho e 10 de Agosto, 1723

66. Resolvi que, sempre me esforçarei para manter e revelar todo o lado benigno de todo semblante e modo de falar em todas as circunstâncias de toda a minha vida e em qualquer tipo de companhia, a menos que o dever de ser diferente exija de mim que seja de outra maneira.

67. Resolvi que, depois de situações aflitivas, avaliarei em que aspectos me tornei diferente por elas, em quais aspectos melhorei meu ser e que bem me adveio através dessas mesmas situações.

68. Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos abertamente diante de Deus e implorar a necessária condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de Julho e 10 de Agosto de 1723

69. Resolvi fazer tudo aquilo que, vendo outros fazerem, eu possa haver desejado ter sido eu a fazê-lo. 11 de Agosto de 1723


70. Que haja sempre algo de benevolente toda vez que eu fale.


17 De Agosto, 1723

Lembre de ler estas resoluções uma vez por semana.

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