A igreja cristã herdou da sinagoga a sua liturgia, centrada no ensino das Escrituras. O ministério de ensino era a razão de ser das sinagogas, tanto que Paulo ia às sinagogas para ensinar (Atos 13.14, 14.1, 17.1, 18.4, entre outros).
Ensinar é ação vital no cumprimento da missão da igreja. Mas, que ensino é esse e como deve ser vivenciado? Na igreja, diferentemente do ambiente secular, o ensino deve ser uma realidade ministerial.
O ex-presidente FHC, em entrevista à revista Veja, nas páginas amarelas, declarou que ele, como professor, apenas dava aulas. Não se importava com a vida do aluno fora da classe. Isto era problema do aluno. Um professor secular pode pensar e agir assim. Um mestre na igreja do Senhor é diferente, justamente por exercer o ensino como ministério.
A Grande Comissão (Mateus 28.19-20) tem como conteúdo o ensino. Romanos 12.7 trata do dom de ensino. Paulo, em Efésios 4.11-16, orientou a igreja que para a sua maturidade o ensino cristão era essencial. Noutras palavras, não teremos igrejas preparadas para impactar a outros sem um ensino consistente. Encher templos com programas e festas especiais é fácil, mas não é suficiente para formar num servo o caráter de Cristo.
Igreja não é comunidade de passagem, à semelhança das estações rodoviárias. Igreja é família espiritual, comunidade de fé, com laços firmados e relacionamentos estáveis.
O ministério de ensino na igreja não é para formar crentes dependentes, manipulados, e sim crentes maduros, que saibam viver e testemunhar a fé em Cristo, principalmente sem a presença do mestre.
É por isso que a nossa igreja valoriza o ensino cristão, através da Escola Bíblica Dominical, dos Pequenos Grupos, do púlpito etc. Temos por alvo ser uma igreja impactante, mas estamos conscientes que de esse impacto será cada vez mais forte e permanente à medida que cada membro estiver bem preparado.
Elildes Junio Macharete Fonseca