“E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mateus 7.3).
Uma coisa que aprendi na minha caminhada cristã é que devo pensar duas vezes antes de acusar alguém de ser um crente hipócrita.
Geralmente quem gosta de pegar o megafone e se mostrar como um “profeta contra a hipocrisia” não é humilde para perceber que acabou de subir no caixote da presunção.
Para eliminar o risco de nos tornarmos os primeiros hipócritas, sugiro que façamos um pequeno teste:
1. Se eu gosto de questionar a forma como minha igreja administra os dízimos e as ofertas, devo antes me perguntar: sou dizimista e ofertante?
(Para pensar: é honesto alguém querer fazer generosidade com o dinheiro suado dos poucos irmãos que sustentam a obra financeiramente?)
2. Se eu gosto de me sentir um defensor heróico da verdade, devo antes me perguntar: sou um estudioso da Palavra de Deus?
(Para pensar: é seguro alguém dizer que tem absoluta certeza da vontade de Deus sem estudar a Bíblia?)
3. Se eu gosto de criticar a falta de amor ao próximo na igreja, devo antes me perguntar: o quanto tenho dedicado do meu tempo e dinheiro para a obra de beneficência?
(Para pensar: é autêntico alguém dizer que a igreja deveria fazer mais nas causas sociais, porém sem que esse alguém esteja disposto a abrir mão um milímetro de seu conforto pessoal?)
4. Se eu gosto de julgar o grau de espiritualidade da minha igreja, devo antes me perguntar: quanto tempo consagrei a Deus hoje em oração?
(É justo alguém dizer que a igreja está espiritualmente fraca se não ora a respeito e nem se apresenta como voluntário para algum ministério?)
Diogo Carvalho